Discute-se nos anais da ciência, nas conferências políticas e nas
congregações religiosas a problemática das drogas. Diversos cientistas propõem
terapêuticas psico-medicamentosas para solucionar este problema individual. Vários
gestores públicos formulam programas de intervenção coletiva para dirimir
(resolver) este problema social. Sacerdotes das mais variadas denominações
religiosas elencam sermões e prescrições comportamentais para sanar a questão
pecaminosa do vício.
Mas quantos se tem perguntado a
respeito da droga que tem levado tantos à ruína, à miséria e à morte? Ela não
causa prejuízos físicos. Ela não está proibida em nenhum lugar do planeta. Pelo
contrário, é recomendada a todos que desejam satisfazer seus prazeres,
alimentar suas ilusões. Esta droga é utilizada desde que o homem atingiu a
civilização.
Sua ação é
sutil. Por vezes se inicia por convites maliciosos. A mais perigosa interação
desta droga é quando o indivíduo a mistura com qualquer substância química
causadora de dependência.
Embora
faltem artigos sobre o assunto, esta droga é diuturnamente (todos os dias)
observada como causadora de prejuízos incalculáveis às redes de relacionamento
humano.
Seus
impactos são monstruosos quando comparados a qualquer outra droga antiga ou
nova, natural ou sintética.
Bilhões de
vidas humanas sofrem diretamente sua influência. Infelizmente, mesmo que não
seja usuário ativo, todos são usuários passivos. Não há uma pessoa na face da
terra que esteja a salvo. Da criança ao velho, de norte a sul, do oriente ao
ocidente,registra-se esta pandemia avassaladora.
Essa droga
tem um nome bem conhecido: É a droga da política!
No entanto,
não devemos nos entristecer.
Assim como
no veneno da serpente que mata está o medicamento que salva; na política está o
remédio para grande parte dos males.
Bendito será
o dia em que o ser humano não abusar da política, mas utilizá-la como o
medicamento que há de curar o seu individualismo, podendo voltar a enxergar “o
nós” e a viver em sociedade, sem medo, sem disfarces, nem autoritarismo,
Então a
humanidade será feliz, porque os políticos não serão mais aqueles que pensam em
si mesmos, mas os que amam o próximo.
Aldeir Félix Honorato
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