quinta-feira, 14 de junho de 2012

A DROGA DA POLÍTICA



             Discute-se nos anais da ciência, nas conferências políticas e nas congregações religiosas a problemática das drogas. Diversos cientistas propõem terapêuticas psico-medicamentosas para solucionar este problema individual. Vários gestores públicos formulam programas de intervenção coletiva para dirimir (resolver) este problema social. Sacerdotes das mais variadas denominações religiosas elencam sermões e prescrições comportamentais para sanar a questão pecaminosa do vício.
           Mas quantos se tem perguntado a respeito da droga que tem levado tantos à ruína, à miséria e à morte? Ela não causa prejuízos físicos. Ela não está proibida em nenhum lugar do planeta. Pelo contrário, é recomendada a todos que desejam satisfazer seus prazeres, alimentar suas ilusões. Esta droga é utilizada desde que o homem atingiu a civilização.
       Sua ação é sutil. Por vezes se inicia por convites maliciosos. A mais perigosa interação desta droga é quando o indivíduo a mistura com qualquer substância química causadora de dependência.
       Embora faltem artigos sobre o assunto, esta droga é diuturnamente (todos os dias) observada como causadora de prejuízos incalculáveis às redes de relacionamento humano.
       Seus impactos são monstruosos quando comparados a qualquer outra droga antiga ou nova, natural ou sintética.
       Bilhões de vidas humanas sofrem diretamente sua influência. Infelizmente, mesmo que não seja usuário ativo, todos são usuários passivos. Não há uma pessoa na face da terra que esteja a salvo. Da criança ao velho, de norte a sul, do oriente ao ocidente,registra-se esta pandemia avassaladora.
       Essa droga tem um nome bem conhecido: É a droga da política!
       No entanto, não devemos nos entristecer.
       Assim como no veneno da serpente que mata está o medicamento que salva; na política está o remédio para grande parte dos males.
       Bendito será o dia em que o ser humano não abusar da política, mas utilizá-la como o medicamento que há de curar o seu individualismo, podendo voltar a enxergar “o nós” e a viver em sociedade, sem medo, sem disfarces, nem autoritarismo,
       Então a humanidade será feliz, porque os políticos não serão mais aqueles que pensam em si mesmos, mas os que amam o próximo.
                                                                                                                Aldeir Félix Honorato

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