domingo, 23 de outubro de 2011

As histórias que ouço sobre antigos políticos

           Alguns políticos de nossa cidade, para ser mais exato alguns poucos vereadores exerciam aquilo que chamo de vereador de comunidade, mas o que vem a ser um vereador de comunidade?
O vereador de comunidade era aquele que se identificava tanto com as pessoas, sendo seus eleitores ou não, que viam da dificuldade e necessidade do próximo motivo de seu mandato, sendo assim abraçavam causas dos moradores, lutavam pelos ideais cujo único foco era o bem estar dos seus.
         Foi o tempo em que um vereador era como um jogador de seleção das antigas, que não jogava pelo dinheiro ou por profissão, mas por amor; amor pelo que fazia e principalmente pela condição de estar representando algo tão importante em sua vida.
Uma observação importante que tem que ser feita é que nesta mesma época os políticos eram eleitos pelo reconhecimento do povo, cada bairro tinha o seu preferido e consequentemente teria através da vontade explícita de seus moradores um representante a altura. Eram devidamente eleitos por suas evidencias e presença dentro das comunidades e não por conta de dinheiro ou por indicação de alguém como agora.
“Tempo em que se acreditava que o santo de casa podia e fazia sim muitos milagres.” Dentro deste contesto, nós, o povo, fazíamos toda a diferença.
         Dentro de tantas regras do legislativo fica confusa a idéia de que o vereador não deve se manifestar em assuntos internos dentro das comunidades, na teoria sim, mas na prática podia e pode ser bem diferente.
         Na prática, todos, sem exceção, deviam se aproximar das comunidades, apoiar e criar projetos em prol das mesmas, ajudar líderes comunitários, procurando assim identificar problemas e soluções sempre ao lado dos mais interessados, o povo, assim, como faziam os verdadeiros políticos de outrora.
            Infelizmente, os nossos políticos não usam o exemplo tão digno e humano dos antigos. Para a maioria deles, ser vereador ou prefeito não significa e nunca significou motivo de orgulho e sim uma preocupação em relação aos futuros ganhos, já que a maioria não tem nenhuma qualificação e nem outra profissão a não ser a profissão de político.
          Tenho certeza que muitos ainda se lembram com saudades do passado, principalmente os senhores e as senhoras que presenciaram alguns desbravadores de nossa cidade em pleno exercício do mandato.
          Foi uma época que o dinheiro não era sinônimo de competência e credibilidade de ninguém, e os princípios dos candidatos não eram questionáveis como nos dias de hoje.
           Márcio Alves Vasconcellos

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